Glossário pedológico

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A

ácrico: condição química de um solo extremamente intemperizado, e que possui no horizonte B baixos valores de retenção de cátions RC (menor ou igual a 1,5 e delta pH positivo ou nulo, ou RC menor ou igual a 1,5 e pH KCl maior que 5.0 ).

No Brasil esses solos ocorrem predominantemente nas regiões de Goiás, Minas Gerais (Triângulo Mineiro), Mato Grosso do Sul e nordeste do Estado de São Paulo na superfície Sul Americana, que é das mais antigas do Brasil.

No manejo os solos ácricos são muito ressecados devido a forte microagregação da argila que é responsável pelo movimento de água muito rápido no perfil de solo. Na textura de campo apresentam grande evidência da "sensação areia", no início desse teste parece que a textura é média, mas à medida que se comprime a massa do solo molhado sente-se que é argiloso ou muito argiloso.

Abaixo da camada arável possuem baixo potencial nutricional, pois são baixos os valores da capacidade de troca de cátions e soma de bases (cálcio, magnésio, potássio), mas por outro lado não apresentam alta saturação por alumínio (m< 50%).

Quando o delta pH é positivo abaixo da camada arável são quase desprovidos de cálcio, magnésio, potássio e sódio, e esses solos retêm mais ânions (sulfato, cloreto, nitrato) do que cátions (cálcio, magnésio, potássio e sódio).

De acordo com LANDELL do Centro de Cana do IAC, a produtividade média de cinco cortes de cana-de-açúcar varia de 76-80 t ha-1 quando os Latossolos ácricos ocorrem na região de Ribeirão Preto, e abaixo de 68 t/ha quando ocorre numa região bem mais seca como é o caso de Goianésia (GO).

Plantas de ciclo mais curto do que a cana-de-açúcar (anuais como milho, soja, etc.) podem apresentar altas produtividades nesses solos, desde que seja aplicado médio a alto nível de manejo.

álico: condição química de um solo com muito baixo potencial nutricional abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos) devido a alta saturação por alumínio (m) (maior ou igual a 50% e ao mesmo tempo com teor de alumínio variando de 0,3 a 4,0 cmol.kg-1). Ocorrem em todos estados do Brasil.

No manejo os solos álicos possuem muito baixo potencial nutricional abaixo da camada arável e necessitam de gessagem para melhorar o ambiente químico abaixo da camada arável, onde existe uma alta concentração de alumínio tóxico que limita o crescimento das raízes em direção ao horizonte B. Como conseqüência da alta saturação por alumínio os valores de cálcio, magnésio e potássio (soma de bases) são muito baixos, pois a grande maioria das cargas elétricas da CTC estão ocupadas pelo alumínio e não pelas citadas bases.

Tem-se verificado que quando o solo possui CTC da argila menor que 27 cmol.kg-1 de solo no horizonte B a gessagem tem sucesso.

Alteração: processo de degradação das rochas por processos físicos tais como, descompressão causada pela retirada das camadas superiores das rochas, ação de sais, do gelo e das raízes nas fraturas, abrasão por partículas carregadas pelo vento.

Alumínico: condição química de um solo com muito baixo potencial nutricional abaixo da camada arável (geralmente horizonte B) devido a alta saturação por alumínio (m) (maior ou igual a 50% e ao mesmo tempo com teor de alumínio maior que 4,0 cmol.kg-1). Difere do álico por apresentar maior teor de alumínio no horizonte B.

Aluviação: processo de transporte pelos rios e riachos de argila, silte, areia, cascalho, e matéria orgânica e posterior deposição formando o perfil de solo no dique marginal dos rios e riachos. Na nova nomenclatura da EMBRAPA enquadra-se como Neossolo Flúvico.

Aluvial: depósito ligado à dinâmica fluvial.

Aluvião: sedimentos clásticos depositados pelos rios na planície fluvial.

Areia: fração granulométrica de 0,002 a 2 mm de diâmetro constituída predominantemente pelo quartzo.

Arenito: rocha sedimentar clástica composta por elementos granulares da fração areia.

Argila: no sentido granulométrico (tamanho) refere-se a partículas com diâmetro menor que 0,002 mm. Também é a denominação de uma classe de minerais silicatos, por exemplo, caulinita, ilita e montmorilonita, entre outros.

Argila de atividade alta (Ta): CTC maior ou igual a 27 cmol.kg-1 de argila no horizonte B, sem descontar a contribuição da matéria orgânica. Calcula-se dessa maneira T: CTC (cmol.kg-1 de solo) x 100/% de argila.

Argila de atividade baixa (Tb): CTC menor que 27 cmol.kg-1 de argila no horizonte B, sem descontar a contribuição da matéria orgânica. Calcula-se dessa maneira T: CTC (cmol.kg-1 de solo) x 100/% de argila.

Argilito: rocha sedimentar clástica composta predominantemente por grãos do tamanho das argilas.

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B

Bacia hidrográfica: área que contribui com água e sedimentos para um rio.

Basalto: rocha ígnea extrusiva relativamente pobre em sílica e rica em compostos de ferro e magnésio. Face ao intemperismo químico aparecem minerais de argila que fornecem apreciáveis quantidades de cálcio, magnésio, potássio e sódio para o solo.

Banhado: terras inundáveis pelos rios.

Bauxita: minério constituído essencialmente de hidróxido de alumínio (gibbsita, ou boehmita ou diásporo).

Biotita: mineral de argila de cor preta/esverdeada, do grupo da mica que contem potássio entre suas unidades estruturais.

Brunizém: classe de solo mineral, não hidromórfico, com horizonte A chernozêmico e com horizonte B eutrófico e com CTC > 27 cmol.kg-1 de argila (Ta) sem desconto para matéria orgânica no horizonte B textural ou no B incipiente na nomenclatura de Camargo et al (1987), B textural ou B nítico, ou B incipiente da ordem dos Chernossolos na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com a ordem dos Mollisols.

Bruno não cálcico: classe de solo mineral, não hidromórfico, geralmente com horizonte A fraco e com horizonte B avermelhado eutrófico e com CTC > 27 cmol.kg-1 de argila (Ta) sem desconto para matéria orgânica no horizonte B textural na nomenclatura de Camargo et al (1987), B textural da ordem dos Luvissolos na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com a ordem dos Alfisols.

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C

Calcificação: processo de formaçãoo do solo pela concentraçãoo de carbonato de cálcio.

Calcita: mineral de composição química CaCO3, principal constituinte do calcário.

Camada: material do solo de constituição mineral e orgânica que tiveram na sua origem pouca ou nenhuma influência dos fatores de formação do solo (clima, material de origem, relevo, organismos e tempo) e dos processos pedogenéticos.

Capacidade de troca de cátions, CTC : é a capacidade da argila adsorver elementos químicos e trocá-los por outros elementos na solução do solo. Matematicamente refere-se a soma dos elementos de cargas positivas, tais como a soma de bases (SB) + Al + H, (ou seja, cálcio, magnésio, potássio, sódio, alumínio e hidrogênio). Essas cargas positivas, por sua vez são adsorvidas pelas cargas negativas da argila, portanto a CTC refere-se a quantidade de cargas elétricas negativas.

A soma dessas cargas elétricas negativas é representada pela capacidade de troca de cátions (CTC), e nela estão ligados eletricamente os elementos de cargas positivas, que compõem os principais nutrientes do solo, tais como o cálcio, magnésio, potássio, sódio, representados pela soma de bases (SB). Existem ainda outras cargas elétricas negativas ligadas a elementos desfavoráveis tais como o alumínio (Al) e o hidrogênio (H). O conjunto SB + Al + H reflete a CTC do solo a pH 7.

Cascalho: fragmentos de rocha com diâmetro de 0,2 a 2,0 cm.

Clástico: fragmento desagregado de rocha.

Colo: depressão numa linha de cumeada.

Colúvio: depósito de material transportando ao longo das vertentes sob efeito da gravidade.

Conglomerado: depósito consolidado composto por seixos cimentados.

Cor: é uma propriedade do solo que considera o matiz (proporções das cores vermelha e amarela), valor (proporções das cores preta e branca), e croma (proporções de vermelho, amarelo, preto e branco, ou pureza da cor). A tabela de cores Münsell é a mais utilizada nas comparações das cores dos solos.

Crista: linha estreita ao longo da qual duas vertentes opostas intersectam-se, sendo um local de maior altitude da paisagem.

Croma: componente da cor do solo que indica a pureza da cor e considera as diferentes proporções das cores preta e branca para determinado matiz. Na tabela de cor Munsell no é indicada no sentido horizontal, variando de 0 a 8, e na anotação da cor refere-se ao denominador. No exemplo: 5 YR 4/3, o croma corresponde ao número 3.

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D

Desertificação: processo artificial de degradação da capacidade produtiva pelo mau uso do solo pela ação do homem.

Desertização: processo natural de formação de desertos.

Dique marginal: forma sobre a qual ocorre a acumulação de sedimentos aluviais nas margens dos rios.

Distrófico: condição química do solo abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos) com baixos valores de soma de bases (SB) e saturação por bases (V). Para PRADO os valores de V oscilam de 30-50% , mas ao mesmo tempo aos valores de bases SB são menores que 1,2 cmol.kg-1 de solo. Se o valor V for menor que 30%, a saturação por alumínio (m) deve ser menor que 50% (para eliminar a possibilidade de ser álico) e o valor RC deve ser maior que 1,5 cmol.kg-1 (para eliminar a possibilidade de ser ácrico).
No manejo possuem baixo potencial nutricional abaixo da camada arável, mas a saturação por alumínio não tão alta porque é inferior a 50% .

Dolina: depressão circular de áreas onde existe calcário.

Dolomita: mineral de composição química CaMg(CO3)2, principal constituinte do calcário dolomítico.

Drenagem interna: movimento de água pelo fluxo interno nos poros dos horizontes ou camadas do perfil de solo.Conforme essa velocidade, o solo pode ter drenagem excessiva, forte, boa, moderada, má e muito má.

Drenagem externa: habilidade do solo permitir a remoção de água na sua superfície (enxurrada).

Dreno: conduto enterrado no solo para eliminar o excesso de água.

Dunas: elevações de formas variadas de areia trazidas pelos ventos.

Duripã: horizonte mineral cimentado pela sílica que pode ocorrer na camada subsuperficial do solo.Sua dureza é tão destacada que não se desfaz em água ou ácido clorídrico.

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E

Edafologia: ciência que estuda a relação do homem no desenvolvimento das plantas nos diferentes solos.

Eluvial: perda de material ao longo do perfil do solo.

Escarpa: face de maior inclinação nas bordas dos planaltos.

Estrutura: arranjamento das partículas do solo consideradas em termos do tipo (granular, subangular, angular, primática), classe (tamanho) e grau de desenvolvimento (ângulos dos encaixes dos agregados depois de partidos na mão).

Eutrófico: condição química de um solo com elevado potencial nutricional abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos).Os valores de soma de bases (SB) são maiores ou iguais a 1,5 cmol.kg-1 de solo e os de saturação por bases (V) maiores ou iguais a 50%
Esses solos possuem elevadas produtividades, desde que não sejam simultaneamente salinos como pode ocorrer em alguns casos no nordeste do Brasil. Ocorrem em todos estados do Brasil.

Encosta: espaço entre as partes mais altas e mais baixas da paisagem.

Espodossolo: classe de solo mineral, hidromórfico ou não, com horizonte A fraco ou moderado e com horizonte B podzol, na nomenclatura de Camargo et al (1987), B espódico da ordem dos Espodossolos na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999).
No sistema americano correlaciona-se com a ordem dos Spodosols.

Estereocópio: instrumento ótico que permite visualizar em 3 dimensões as imagens das fotografias aéreas.

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F

Família: categoria do sistema de classificação de solo que inclui dados necessários para o manejo agrícola e não agrícola (textura, mineralogia, grau de acidez,profundidade).

Fatores de formação do solo: agentes de formação dos solos (clima, material de origem, organismos, relevo e tempo).

Feldspato: mineral alumino-silicato que apresenta potássio, sódio e cálcio entre seus constituintes. São comuns em rochas ígneas e metamórficas. Argilas resultam de sua alteração química.

Filossilicato: filo (folha) + silicato (mineral com 1 átomo de silício e 4 átomos de oxigênio num arranjamento de um tetraedro), refere-se, portanto, a um arranjamento do tipo de estrutura dos minerais de argila.

Filito: rocha metamórfica de granulação fina, quanto ao grau de metamorfismo constitui uma fase intermediária entre xisto e filito.

Firme: condição relativamente consistente do solo úmido que esboroa-se (desfaz-se) com pressão moderada entre o polegar e o indicador.

Floculação da argila: precipitação da argila formando agregados.

Fotopedologia: interpretação fotográfica das condições pedológicas na paisagem.

Friável: condição fofa de solo úmido que esboroa-se (desfaz-se) com leve pressão entre o polegar e o indicador.

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G

Granito: rocha ígnea intrusiva ácida constituída de quartzo, mica, feldspato e minerais acessórios. Está associada a feições destacadas na paisagem como serras ou áreas de maior declividade. é uma rocha muito resistente ao intemperismo químico e como conseqüência apresenta, normalmente, solos pouco desenvolvidos.

Glei pouco húmico: classe de solo hidromórfico com horizonte A moderado na classificação de Camargo et al (1987), sub ordem Gleisso Háplico na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com as sub-ordens Aquox, ou Aquept, ou Aqualf, ou Aquult.

Glei húmico: classe de solo hidromórfico com horizonte A proeminente ou a chernozêmico na classificação de Camargo et al (1987), sub ordem Gleissolo Melânico na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com as sub-ordens Aquox, ou Aquept, ou Aqualf, ou Aquult.

Gleização: processo de formação do solo característico das condições de excesso de água (hidromorfismo). Nessa condições forma-se um horizonte glei típico dos Gleissolos.

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H

Horizonte: camadas diferenciadas pela cor, textura, estrutura com originadas no processo de intemperização e pedogênese do material de origem (geralmente rocha).

Horizonte A: horizonte superfícial (desde que não erodido) de cor mais escura pela grande influência da decomposição das raízes das plantas, e com grande atividade biológica. Esse horizonte é considerado eluvial porque dele partículas muito finas e substâncias em solução podem se mover em profundidade acumulando-se no horizonte B. Considerado o horizonte diagnóstico de superfície, mas não necessariamente corresponde ao epipedon da classificação de solo americana (Soli Taxonomy) porque epipedon pode abranger além do horizonte A, a parte superior escura do horizonte B.

Horizonte AB: horizonte transicional entre A e B, mas com características mais parecidas com A do que B. Anteriormente designado de horizonte A3.

Horizonte BA: horizonte transicional entre A e B, mas com características mais parecidas com B do que A. Anteriormente designado de horizonte B1.

Horizonte B: é o horizonte iluvial por acumular as partículas removidas do horizonte A, e é o horizonte de máxima expressão de cor, textura, estrutura e cerosidade (se existir). Corresponde ao horizonte diagnóstico de sub superfície, ou seja o principal horizonte para se classificar o solo.

Horizonte BC: horizonte transicional entre os horizontes B e C, com características bem mais próximas de C do que B. Anteriormente designado de horizonte B3.

Horizonte C: material de origem intemperizado a partir do qual os horizontes A e B se desenvolveram.

Hematita: óxido de ferro (Fe2O3) que compequena quantidade colore o solo de vermelho.

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I

Iluvial: acúmulo de minerais de argila, óxidos de ferro e alumínio e material orgânico em profundidade, ou seja, a partir do horizonte A para o horizonte B.

Intemperismo: processos de alteração das rochas e minerais por meio de reações químicas como hidratação, hidrólise, carbonatação e oxidação.

J

Jarosita: mineral constituinte do horizonte sulfúrico.

K

Ki: é o índice de intemperismo do solo, calculado pela relação SiO2/Al 2O3 x 1,7. Quanto menor o valor significa que o solo é mais intemperizado. Portanto, o índice ki mede o grau de decomposição da fração argila presente no solo. Por exemplo, na sequência de intemperismo os valores de ki são mais altos para a montmorilonita (argila do tipo 2:1), mais baixos para a caulinita (argila do tipo 1:1), e bem mais baixos para gibbsita (óxidos de alumínio).

Krasnozem: classe de solo do sistema Australiano que corresponde ao Nitossolo Vermelho do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos.

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L

Laterita: material rico em óxidos de ferro, pobre em matéria orgânica que endurece irreversivelmente em contato com o ar.

Latossolo: classe de solos espessos com baixo gradiente textural entre os horizontes A e B, baixa CTC, baixos ou nulos teores de minerais primários de fácil intemperização, baixo índice ki, critérios segundo Camargo et al (1987) e EMBRAPA (1999). Corresponde a ordem dos Oxisols do sistema americano (Soil Taxonomy).

Latossolização: processo de formação do solo que se caracteriza a intensa remoção de sílica no processo de intemperismo, termo que substitui a designação laterização, o mesmo que ferrilitização.

Lessivagem: migração mecânica de argila do horizonte A para o B textural ou B nítico.

Limo: o mesmo que silte.

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M

Matéria orgânica: restos vegetais e animais muito decompostos.

Matiz: componente da cor do solo que consta no lado superior direito da tabela Munsell e que considera a contribuição do vermelho (red) e do amarelo (yellow). Varia de 10R a 10Y. No matiz 10R a cor vermelha contribui com 100% e a amarela com 0%, no matiz 5YR a cor vermelha contribui com 50% e a amarela com 50%, no matiz 7,5YR a cor vermelha contribui com 37,5% e a amarela contribui com 62,5%, no matiz 10Y a cor vermelha contribui com 0% e a amarela com 100%. No exemplo 5YR 5/3, o matiz corresponde a 5 YR.

Mica: mineral de argila do tipo 2:1, ou seja apresentam no seu "esqueleto" duas camadas de tetraedro de silício e uma camada de octaedro de alumínio.

Mineral: material inorgânico com composição química e estrutura cristalina definida. São exemplos: quartzo, feldspato.

Mineral félsico: mineral claro geralmente pobre em ferro.

Mineral máfico: mineral escuro geralmente rico em ferro.

Mineralóide: material inorgânico com composição química definida, mas desprovido de estrutura cristalina. Exemplo água em estado líquido.

Mesotrófico: condição química intermediária entre distrófico e eutrófico abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos). Para PRADO os valores de soma de bases (SB) variam de 1,2 a 1,5 cmol.kg-1 de solo e, ao mesmo tempo, a saturação por bases (V) varia de 30-50%; ou ainda pode ser mesotrófico quando a saturação por bases ultrapassa 50%, mas a soma de bases é menor que 1,5 cmol.kg-1 de solo.

Morfogênese: conjunto de processos que dão origem as formas do relevo e do modelado. Pode-se, de uma certa maneira, contrapor morfogênese a pedogênese, pois em locais onde os processos morfogenéticos atuam mais intensamente a gênese dos solos é inibida ou retardada como, por exemplo, nas praias e dunas.

Mesoálico: condição química intermediária entre distrófico e álico abaixo da camada arável (horizonte no B, ou no horizonte C se não existir horizonte B, ou no horizonte A dos Neossolos Litólicos). Para PRADO os valores de saturação por alumínio (m) variam de 15 a 50% e ao mesmo tempo o teor de alumínio é maior ou igual a 0,4 cmol.kg-1 de solo. Ocorrem em todos estados do Brasil.

Muito friável: condição muito fofa de solo úmido que esboroa-se (desfaz-se) com muito leve pressão entre o polegar e o indicador.

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O

Ordem: primeiro nível da hierarquia de classificação do solo.

Oxisol: ordem de solos da classificação americana (Soil Taxonomy).

óxidos: óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio, manganês e titânio com o mesmo número de coordenação.

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P

Padrão de drenagem paralelo:as linhas de drenagens (riachos) são quase paralelas. Na prática são típicas das áreas onde ocorrem, predominantemente, Latossolos e Neossolos Quartzarênicos.

Padrão de drenagem dendrítico: as linhas de drenagens (riachos) são irregulares. Na prática são típicas das áreas onde ocorrem, predominantemente, Argissolos, Luvissolos, Cambissolos e Neossolos Litólicos.

Pedogênese: denominação do conjunto de conjunto de processos que dão origem aos solos.

Pedon: solo em 3 dimensões suficientes para o estudo dos horizontes ou das camadas.

Pedologia: ciência do solo que aborda sua morfologia (cor, textura, estrutura, consistência, etc) e é básica para um se estabelecer um sistema de classificação.

Perfil: conjunto de horizontes e/ou camadas até o material de origem.

Petroplintita:material endurecido irreversivelmente a partir da plintita.

Permeabilidade: facilidade com que sólidos (raízes), líquidos e gases passam no espaço poroso do solo.

Pirita: mineral constituído de sulfeto de ferro (FeS2).

Planície fluvial: área próxima aos rios e riachos com pequena declividade.

Planossolo: Classe de solo hidromórfico com mudança textural abrupta na classificação de Camargo et al (1987). Sub ordem dos Planossolos Hidromórficos na nova nomenclatura da EMBRAPA (1999). No sistema americano (Soil Taxonomy) correlaciona-se com a sub ordem dos Aqualf ou Aqult.

Podzolização: processo de formação do solo com duplo sentido: migração mecânica de argila do horizonte A para o horizonte B (B textural), ou migração química do horizonte A para o horizonte B (B espódico).

Porosidade: volume de poros do solo ou da rocha ocupados pelo ar e pela água e não por partículas sólidas.Inclui macropos e microporos que após a drenagem natural da água da chuva ou da irrigação são ocupados, respectivamente, pelo ar e pela água.

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Q

Quartzito: rocha resultante do metamorfismo do arenito.

Quartzo: é o mineral mais abundante na Terra. Nos solos geralmente concentra-se na fração areia.

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R

Rochas ácidas: rochas ígneas com alto teor de sílica (> 65% de SiO2).

Rochas básicas: rochas ígneas que apresentam baixo teor de sílica (52-45% de SiO2).

Rochas intermediárias: rochas ígneas com intermediário teor de sílica (52% a 65% de SiO2).

Rochas sedimentares: rochas originadas pelo transporte pela água ou gelo e posteriormente depositadas.

Rochas ultrabásicas: rochas ígneas que apresentam muito baixo teor de sílica (< 45% de SiO2) .

Relação sílica/alumina: ver ki

Relação silte /argila: serve para discriminar Latossolos e Cambissolos, entre outras características.

Rendzina: classe de solo na classificação de Camargo et al (1987).Ordem dos Chernossolos na nova nomenclatura da Embrapa (1999), correlaciona-se com a ordem dos Mollisols do sistema americano (Soil Taxonomy).

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S

SIG: sigla para "Sistema de Informações Geográficas". Trata-se de programas de computador que tem por objetivo gerir e analisar informações espaciais ou não-espacias (que estejam ligadas a entidades espaciais), visando a tomada de decisão.

Silte: fração granulométrica maior que da argila, mas menor que da areia. (diâmetro de 0,05 a 0,0002mm na escala Americana , ou 0,002 a o,0002mm na escala de Internacional ou de Atterberg).

Salinização: processo de formação do solo caracterizado pela alta concentração de sais, característicos de regiões secas. O Solonchak foi formado nessas condições.

Solo: volume da paisagem que suporta as plantas.

Solo Intermediário: solo que possui algumas de suas características (morfológicas ou químicas ou mineralógicas) que se afastam dos dois solos típicos quanto a classificação no primeiro nível categórico (ordem).

Na hierarquia do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos pertence ao quarto nível categórico (sub grupo). Exemplo Nitossolo Vermelho eutrófico latossólico, Latossolo Vermelho-Amarelo argissólico. No primeiro exemplo a menor nitidez de cerosidade, o menor desenvolvimento de estrutura e a menor friabilidade do B horizonte que ocorre logo abaixo de um horizonte B nítico típico permite adjetivá-lo de latossólico.

No segundo exemplo o gradiente textural ligeiramente maior do que o permitido para Latossolo permite adjetivar de argissólico, desde que mantenham-se as características morfológicas de Latossolo.

Solo típico: solo com características morfológicas, químicas e mineralógicas que atendem tipicamente as exigências dos critérios de classificação no primeiro nível categórico (ordem). Exemplo: Nitossolo Vermelho eutrófico típico, Latossolo Vermelho-Amarelo típico.

Na hierarquia do Sistema Brasileiro de classificação de Solos corresponde ao quarto nível categórico (sub grupo).

Solonização: lavagem do excesso de sais provocando a dispersão da argila. O Planossolo Sódico na nova nomenclatura da EMBRAPA (anteriormente Solonetz Solodizado) foi formado nessas condições.

Sólum: conjunto dos horizontes A e B do solo.

Soma de bases, SB: soma de cálcio, magnésio, potássio, e sódio na CTC do solo.

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T

Textura: proporções de argila, silte e areia.

Terraço fluvial: planície que margeia os rios e riachos.

Trado: equipamento utilizado para coleta de amostras de solo.

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V

Valor: componente da cor do solo que considera a contribuição de preto e branco. é indicado na tabela de cor Munsell no sentido vertical, variando de 0 (preto absoluto) a 10 (branco absoluto). Na anotação da cor refere-se ao numerador. No exemplo 5 YR 4/3, o valor corresponde ao número 4, ou seja a cor preta contribui com 60% e a cor branca contribui com 40%.O valor considera a intensidade da cor.

Vertente: forma em três dimensões da paisagem

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